Na última quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro (PL) aprovou uma medida temporária para permitir empréstimos salariais aos usuários do Auxílio Brasil. Dessa forma, o crédito foi liberado, mas ainda não regulamentado pelo Ministério da Cidadania.
Como resultado, surgiram diversas dúvidas sobre a novidade, principalmente sobre os valores mínimos e máximos de saque. Então, pode-se dizer que vai depender da regulamentação do ministério, enquanto os bancos aguardam as regras gerais que o governo vai divulgar.
Mas já pode-se dizer que não existe um valor mínimo de saque, pois cada instituição financeira define o nível mais baixo possível para realizar um pedido.
Quando será possível solicitar o empréstimo?
Primeiro, a proposta foi viabilizada com as medidas temporárias aprovadas pelo atual presidente. Dito isso, alguns bancos já estão oferecendo empréstimos consignados.
Mas, mesmo assim, vale destacar que grandes instituições como Banco Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal ainda aguardam a fiscalização do Ministério da Cidadania para determinar os juros. No caso do Itaú, segundo sua assessoria de imprensa, o banco não oferece crédito consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil e não tem perspectiva de fazê-lo.
Vale destacar que as taxas de juros oferecidas até agora chegaram a quase 80% ao ano, o que segundo analistas é um patamar muito alto porque o cidadão não consegue quitar seu crédito.
Cuidados necessários ao solicitar o empréstimo
Eli Borochovicius, professor de finanças do curso de administração da PUC-Campinas, disse ao UOL que os interessados em empréstimos salariais devem ficar atentos às condições oferecidas. Isso ocorre porque as instituições financeiras podem oferecer taxas de juros mais baixas para um grupo de pessoas e taxas de juros mais altas para outros.
Quais são os juros de outros empréstimos consignados?
De acordo com o Banco Central, os juros médios cobrados pelos bancos são:
- Para funcionário público: 1,66% ao mês;
- Para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): 1,69% ao mês;
- Para trabalhadores do setor privado: 2,47% ao mês;
- Para beneficiários do Auxílio Brasil: de 3,29% ao mês a 5,85% ao mês.